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Há
diferença entre a mulher casada e a virgem: a solteira cuida das coisas do
Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém a casada cuida
das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido.
Assim, os primeiros escritos da Igreja consideravam as viúvas celibatárias e as virgens como “as mulheres mais estimadas”. Há relatos de que muitas chegaram a liderar igrejas. Porém, no terceiro século, houve um movimento dos bispos para consolidar o poder masculino e rebaixar essas pastoras, também chamadas viúvas, enaltecer as diaconisas, o que resultou no fim da ordem das viúvas no século 6.
Por volta do século 14, houve um
movimento para forçar as diaconisas a saírem da Igreja e enclausurá-las em
mosteiros. O celibato havia sido imposto ao clero masculino, e eles não
suportavam a proximidade das mulheres. Naquele tempo, as abadessas[1] tinham
jurisdição quase episcopal e atribuições muito semelhantes às dos bispos (elas
só não podiam servir a Ceia, por causa da menstruação, considerada na época não
só uma imundice corporal como também espiritual).
Elas permaneceram reclusas por 500
anos, até o século 19, quando o imperador Francês Napoleão Bonaparte ordenou o
fechamento de todos os mosteiros da Europa. A partir daquele momento, as
mulheres
perderam o direito de exercer suas
funções eclesiásticas na Igreja Católica Romana e, paulatinamente, fundaram
novas ordens religiosas.[2]
PIONEIRA
NOS PÚLPITOS
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Porém, em 15 de setembro de 1853,
Brown foi ordenada pela primeira Igreja Congregacional. Seu ministério durou
pouco mais de um ano. Ela pediu demissão do cargo em solidariedade a uma g
rande amiga, Lucy Stone, expulsa da denominação devido à postura contrária á escravatura.
Brown casou-se no ano seguinte e
começou a dedicar-se às obras sociais nas favelas de Nova Iorque, além de escrever
livros, especialmente sobre os direitos da mulher. De 1908 a 1915, pastoreou a
Igreja Unitariana em Nova Jersey. Quando morreu, em 1921, aos 68 anos, Brown
não estava mais sozinha no ministério pastoral: já havia mais de três mil
ministras só nos Estados Unidos.
MULHERES NOTÁVEIS DO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia relata histórias de
mulheres que tiveram uma conduta reta e reverente diante de Deus. Um exemplo
disso está registrado em Gênesis 29: 9, que retrata a vida de Raquel a primeira
pastora de ovelhas das Escrituras.
... veio Raquel com as ovelhas de seu pai; porque ela era
pastora.
Já o Livro de Êxodo registra a
presença da profetisa Miriã, irmã de Arão, a qual liderou o coro de mulheres
com tamborins e danças:
A profetisa Miriã, irmã de Arão, tomou
um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças.
E Miriã lhes respondia: Cantai ao
SENHOR, porque gloriosamente triunfou e precipitou no mar o cavalo e o seu
cavaleiro. (Êxodo 15:20-21).
Os textos
de Números 12: 2-3 e Miquéias 6:4 também falam do trabalho de Miriã, ao lado de
Moises e Arão, na liderança dos peregrinos israelitas durante o êxodo.
E disseram: Porventura, falou o SENHOR somente por
Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR o ouviu.
E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. (Números 12:2-3).
E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. (Números 12:2-3).
Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e
enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã. (Miquéias
6:4).
No livro de Juízes, está relatada a história da
profetisa Débora, que governava como juíza em Israel:
Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, até que
eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel. (Jz 5:7).
Outra referencia ao trabalho de liderança feminino
está registrado no capítulo 22 e versículo 14-15-16 do Segundo livro de Reis:
Então, o sacerdote Hilquias, Aicão, Acbor, Safã e Asaías
foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, o guarda-roupa, filho de
Ticva, filho de Harás, e lhe falaram. Ela habitava na cidade baixa de
Jerusalém.
Ela lhes disse: Assim diz o
SENHOR, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o SENHOR: Eis que trarei
males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do
livro que leu o rei de Judá.
Em busca
de uma palavra de Deus para o rei Josias, que empreendeu uma grande reforma
religiosa com base naquela profecia.
MULHERES PASTORAS
Débora, profetisa, mulher de
Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. (Jz 4:4).
Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser,
avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era
viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e
dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava
a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. (Lucas 2:36-37-38).
Tinha este quatro filhas donzelas, que
profetizavam. (Atos 21:9).
[1] Abadessa é um cargo religioso de primeira
dignidade numa comunidade de religiosas que se divide em várias formas. Assim
termos: a abadessa geral, aquela cuja autoridade se estendia a todas as abadias da mesma ordem e a abadessa
secular, aquela a quem era dado o governo temporal de uma paróquia com
obrigação de apresentar ao bispo do lugar um
sacerdote idôneo para curar as almas. Assistia e parece que por vezes presidia
às assembléias eclesiásticas. As
abadessas eram efetivas, havendo abadessas perpétuas eleitas para mandatos
vitalícios.
[2]
Carolyn Goodman Plampin, foi missionária no Brasil,
juntamente com o seu marido, Pr. Richard T. Plampin, falecido em agosto deste
ano, de 1957-1988, pela Junta de Missões Internacionais da Convenção Batista do
Sul, . Durante seu período no Brasil, ela ainda obteve o grau de Licenciada
em Pedagogia, Universidade Federal do Paraná.
[3] Antoinette Louisa Brown Blackwell (20 de maio de 1825, 5 de novembro de 1921), ativista dos direitos e
reformador social das mulheres, foi a primeira mulher americana a ser ordenado
como ministro de uma congregação. Sempre à frente de seu tempo, ela com grande
dificuldade quebrou trilhas que outras mulheres depois mais facilmente
seguidos. Ela escreveu abundantemente sobre a religião e a ciência, a
construção de uma base teórica para a igualdade sexual.
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